quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

CARL STAMITZ

Johann Stamitz
Karel Filip Stamic, nascido na cidade de Mannheim, na atual Alemanha, no dia 07 de Maio de 1.745 e batizado no dia seguinte, foi o primogênito do casal Maria Antonia Luneborn e Johann Wenzel Anton Stamitz, famoso compositor do movimento clássico e um dos fundadores da Escola de Mannheim. Tornou-se mais conhecido pelo seu nome germânico Karl ou Carl Philipp Stamitz e irmão do também compositor Anton Stamitz, cinco anos mais novo.
Com seu pai teve as primeiras lições de violino e composição. Johann Stamitz faleceu em 1.757, sendo substituído por Christian Cannabich à frente da Orquestra do Palácio de Mannhein, e assumiu também a responsabilidade de prosseguir como professor do pequeno Carl e de seu irmão, Anton. O garoto teve ainda como professores Ignaz Holzbauer, diretor musical da corte, e o compositor da corte Franz Xaver Richter.

Cannabich - Holzbauer - Richter


Foi o responsável pela introdução do clarinete na orquestra de Mannheim, em 1.758, graças ao seu entusiasmo, Carl ficara impressionado com as possibilidades expressivas e virtuosísticas daquele instrumento que foram demonstradas por Joseph Beer, seu grande amigo e fundador da escola de clarinete na Alemanha.
viola d'amore

Já sendo considerado um virtuoso no violino, na viola e na viola d’amore, o que lhe valeu o emprego como violinista na orquestra da corte em Mannheim, aos dezessete anos de idade, ali permaneceu por oito anos.

Duque de Noailles

A partir de 1.770, quando decide pedir demissão do cargo de violinista, começa a viajar pela Europa, como solista virtuoso, aceitando compromissos de curto prazo.

Carl Stamitz foi para Paris, onde se tornou conhecido como violinista, tendo trabalhado com Louis, duque de Noailles, que o fez seu compositor de corte.




Palácio Tuileries, Paris
Ele também se apresentou nos Concerts Spirituels, no palácio Tuileries, algumas vezes juntamente com seu irmão Anton.

Anton Stamitz

Stamitz usou Paris como sua base, fazendo frequentes passeios para várias cidades alemãs, onde se apresentava:

Esteve em 12 de abril de 1773 em Frankfurt am Main; no ano seguinte esteve em Augsburg; em 1775 visitou a capital russa, São Petersburgo.

Carl era considerado um compositor prolífico e um talentoso intérprete com grandes ambições, um dos mais proeminentes representantes da segunda geração da Escola de Mannheim, entretanto não conseguiu conquistar uma posição estável junto às grandes orquestras ou nas diversas cortes, acredita-se que isso tenha ocorrido por seu estilo de vida instável e itinerante.

Beer

Durante o período em que viveu em Paris, Stamitz trabalhou com Joseph Beer, uma parceria que se revelou fecunda tanto para Stamitz como para Beer.

Pelo menos um dos concertos de clarinete de Stamitz (o concerto nº 6 em E-bemol maior) aparenta ter sido composto em pelos dois homens, ambos os nomes aparecem na capa de um manuscrito vienense.


Em 1777 ele morou por um tempo em Estrasburgo, onde Franz Xaver Richter foi diretor musical. 

Abel e J.C. Bach
Thomas Erskine
Durante os anos 1777 e 1778 ele foi bem sucedido em Londres, um dos muitos músicos austro-alemães, como Carl Friedrich Abel, J.C. Bach e em seus últimos anos Joseph Haydn, para ser atraído para lá.


Sua estadia em Londres foi possivelmente facilitada por seu contato com Thomas Erskine, conde de Kellie, que tinha recebido lições do pai de Carl, Johann durante uma excursão do continente.
Frederico II

Seus concertos para violoncelo foram escritos para Frederico Guilherme II da Prússia, que era um talentoso músico amador: Mozart e Beethoven também escreveram música para o rei.

Em 1780 mudou-se para a Hague onde também foi violinista na corte do príncipe de Orange.

Hiller
Entre 1782 e 1783, Stamitz deu concertos em Haia e em Amsterdã. Em 1785 regressou à Alemanha para assistir a concertos em Hamburgo, Lübeck, Braunschweig, Magdeburg e Leipzig. 

Em abril de 1786 ele fez o seu caminho para Berlim, onde em 19 de maio de 1786 ele participou na execução do Messias de Haendel, sob a batuta de Johann Adam Hiller.



Mais tarde, viajou para Dresden, Praga, Halle e depois Nuremberg, onde em três de novembro de 1.787 ele encenou uma grande festividade musical em comemoração a ascensão do pioneiro balonista francês Jean Pierre Blanchard.

Durante o inverno de 1789-90 dirigiu os concertos amadores em Kassel, mas não conseguiu um emprego com o tribunal de Schwerin. Agora casado e pai de quatro filhos pequenos, ele foi forçado a retomar uma vida de viagem.

Em 12 de novembro de 1792 ele deu um concerto no teatro da corte de Weimar, que era então sob a direção de Johann Wolfgang Goethe. Em 1793 empreendeu uma última viagem ao longo do rio Reno até Mannheim, antes de desistir finalmente de viajar.

Em 1794, ele desistiu de viajar e se mudou com sua família para Jena, no centro da Alemanha, durante os anos que passou ali, não havia uma banda ou orquestra, com isso Carl Stamitz viu sua condição descer gradualmente para a pobreza.

Após sua morte no dia 9 de Novembro de 1801, um número substancial de tratados sobre alquimia foram encontrados em sua biblioteca. Devido a isso, talvez o motivo de ter deixado tantas dívidas, fossem as tentativas de fazer ouro.

É particularmente conhecido pelos seus concertos para clarinete e para viola.

O estilo de sua música não está muito distante das obras galantes do jovem Mozart, ou as do período médio de Haydn, caracterizada por melodias atraentes, embora a sua escrita para os instrumentos solo não é excessivamente virtuosismo.

Escreveu 50 sinfonias, 38 sinfonias concertantes, 11 concertos para clarinete, 3 concertos para violoncelo, 40 concertos para instrumentos de sopro e cordas, em diversas combinações destes instrumentos. 

Diversas formas de música de câmara, como duos, trios, quartetos e quintetos de vários instrumentos. Escreveu, também, duas óperas, que infelizmente, se perderam: Der verliebte Vormund e Dardanus.


A sua última sinfonia data de 1791, o ano da morte de Mozart.

Conheça um pouco de seu trabalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário