quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

JOSEPH HAYDN

Joseph Haydn, nascido em Rohrau, Baixa Áustria no dia 31 de Março de 1732, filho de Mathias Haydn e Maria Koller, sendo o segundo de filho em uma família de doze irmãos.
Em 1736 teve sua instrução inicial em Hainburg, posteriormente foi admitido no coro da Catedral de Santo Estevão em Viena, onde concluiu sua educação musical.
Niccolo Porpora
Durante alguns anos atuou como músico de taverna e serenatas populares. Através de Niccolo Porpora entrou em contato com o grande mundo da música, em 1759 foi nomeado diretor musical da câmara do conde Morzin da Boêmia.

Casou-se em 1760 com Maria Anna Keller, este matrimônio não durou um único ano. A partir desta data o compositor passou pelo menos 30 anos de sua vida prestando serviços aos membros da família Eszterházy, grandes apreciadores de música. Apesar do árduo trabalho, Haydn se dava por feliz com esse emprego. Na corte, ele dispunha de bons cantores e instrumentistas que interpretavam as suas obras. Como empregado dos Eszterházy, seguiu a família por onde fossem: viveu em Eisenstadt, palácio de inverno em Viena, e em Eszterháza, o grande palácio da família, na Hungria.
Sentido horário:
Busto na cidade natal Rohrau;
Placa na entrada de Eisenstadt
reverenciando a Joseph Haydn;
Catedral de Santo Estevão em Viena.

Datam da década de 1760, suas primeiras sinfonias, que não sobreviveram no repertório. Nelas são utilizados elementos da música barroca, conjugando, em pequenas orquestras, instrumentos de sopro e cordas.
A partir de 1768, atingindo a maturidade, o estilo de Haydn se transforma, tornando-se mais expressivo com o uso de modulações e contrastes entre os movimentos. Nessas obras predominam o gosto pela assimetria formal, a nobreza aristocrática e a jovialidade popular. As seções mais importantes da música instrumental de Haydn são as sinfonias e quartetos.
Realizava curtas viagens à Viena, onde tinha amizade com Mozart. Por influência de Leopold Mozart foi iniciado na mesma Loja que Mozart frequentava, Verdadeira Harmonia, no dia 11 de Fevereiro de 1786.
Em 1791, com a morte do príncipe e gozando de mais liberdade na corte, Haydn realizou inspiradoras viagens à Inglaterra, onde compôs 12 famosas sinfonias. Aclamado pela sociedade britânica, recebeu da conceituada Oxford University o título honorário de Doutor em Música.

A repercussão de sua obra foi grande. Na Áustria todos eram Haydnianos, inclusive o jovem Mozart. Terminou os seus dias cercado de constantes visitas, admiração e respeito, transmitindo seus ensinamentos aos jovens, dentre os quais o mais ilustre foi Beethoven.
Beethoven
 Antes de morrer, Haydn ditou suas lembranças e preparou o catálogo de suas obras. Faleceu em 31 de maio de 1809, em Viena, quando a cidade foi ocupada pelas tropas de Napoleão. Foram os próprios oficiais franceses que formaram a guarda de honra no seu enterro.
No decorrer de uma importante cerimônia em sua memória, no dia 15 de Junho de 1809, foi executado o Réquiem de seu amigo Mozart. Os restos mortais de Haydn jazem no túmulo, localizado na Igreja do Monte (Bergkirche), em Eisenstadt, próximo do Palácio Esterházy, onde viveu e trabalhou para música.
Túmulo de Joseph Haydn

Homem do século aristocrático que não abandonou as raízes populares, católico ligado ao ambiente racionalista da maçonaria. Assim era Haydn, com personalidade ambígua que refletia nas tensões dramáticas da forma-sonata. Suas últimas sinfonias são mais complexas, com o emprego da percussão e novos timbres.
Não há exagero ao afirmar que Franz Joseph Haydn é um dos maiores compositores do período clássico. Haydn é o primeiro nome da Tríade Clássica, seguido de Mozart e Beethoven. A influência que exerceu no desenvolvimento da sonata foi marcante. Esta era uma das formas mais importantes do classicismo, e continuou a ser utilizada nos períodos seguintes, tanto no romantismo quanto por compositores do Século XX.
A produção de Haydn foi imensa, abrangendo cerca de meio século de atividade. Embora tenha sido compositor essencialmente instrumental, sua produção compreende todos os gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. À quantidade enorme se superpõe à dificuldade de, não se tendo ainda estabelecido uma edição completa de suas obras, muitas atribuições serem errôneas. Não sendo possível percorrer uma evolução cronológica, sua obra deve ser considerada em uma divisão básica: instrumental e vocal. Compôs ao longo de cerca de 50 anos: 104 sinfonias, 83 quartetos, além de dezenas de aberturas, marchas e divertimentos para pequenas orquestras, vários concertos para cravo e orquestra.
Em suas obras vocais Haydn não é inovador como foi na música instrumental. Segue, relativamente, a tradição. Filho de século profano foi também operista. Mas é na música litúrgica que se destaca mais. Curiosamente, embora cristão fervoroso, não fez muita distinção entre religioso e o profano. Suas missas estão carregadas de elementos profanos. Eram consideradas inconvenientes para liturgia.
Mozart

As missas de Haydn, da última fase, revelam a influência de Mozart, não tendo aspecto litúrgico, mas de sinfonias corais.
Destaque para o oratório A Criação de 1798, sua maior obra vocal, de grande complexidade emotiva, demonstra a fração de Tempo em que, no Espaço do Caos, a Luz se fez. 

Trecho da partitura de A Criação
Haydn deixa nesta obra o seu mais alto tributo para o brilhante acervo artístico da Augusta Ordem. (A abertura desta peça está entre as disponíveis no link).

Segue o link com algumas de suas obras, destaque para Quarteto de Cordas - O imperador - 2º mov 'Poco adagio cantabile' - que é o hino da Alemanha:

Nenhum comentário:

Postar um comentário