quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PLEYEL

Ignaz Josef Pleyl foi um compositor francês de ascendência austríaca da Era clássica nascido em Ruppersthal na Baixa Áustria no dia 18 de junho de 1757, foi o oitavo filho de Martin Pleyl, um professor e maestro do coral do vilarejo, com Anna Martin Pleyl, vivendo em condições financeiras bastante difíceis, a maioria dos irmãos morreram ainda na infância, teve a sorte em conseguir patrocínio com Conde Ladislaus Erdödy e estuda na corte do príncipe Esterhazy durante cinco anos entre 1772 e 1777 sendo aluno de Joseph Haydn e Johann Baptist Wanhal.
Wanhal
Haydn
Durante os seus estudos com Haydn, Pleyel compôs uma ópera de marionetes, “Die Fee Urgele” que estreiou no Eszterháza em novembro de 1776 e também foi apresentada no Nationaltheater em Viena.
Sua primeira colocação profissional, aparentemente, como Mestre de Capela do Conde Erdody, existe a incerteza no fato por não haver documentação referente a esta parte de sua carreira.
Pleyel dedicou seus Quartetos de cordas Op 1 ao Conde Erdody em reconhecimento por sua generosidade paterna solicitude e incentivo.
Por intermédio de Norbert Hadrava, um compositor ligado à embaixada austríaca, Pleyel viajou para Itália em 1780, escreveu peças para lira organizzata (um tipo de sanfona) encomendadas pelo rei de Nápoles, em 1784 Hadrava investiu na montagem de sua ópera, Ifigênia em Aulide, que teve sua estréia no Teatro San Carlo em 30 de Maio de 1785.
Richter
Na mesma época, foi nomeado assistente de Franz Xaver Richter, mestre de capela da catedral de Estrasburgo, e após a morte de Richter, em 1789, assumiu o posto de mestre. Durante esse período organizou e realizou uma série de concertos públicos.  Nesta época se naturaliza como cidadão francês e muda a grafia de seu nome para Ignace Pleyel.
Os anos em Estrasburgo foram os mais produtivos musicalmente, a maioria de suas composições datam dos anos entre 1787 e 1795.
Em 1788 ele se casou com Franziska Gabrielle Lefebvre Ignatia, com quem teve quatro filhos. 
Lisle
Durante a Revolução Francesa, ele compôs por ocasião da proclamação da nova Constituição, em Estrasburgo, em 1790, o "Hymne à la Liberté", com  texto de seu amigo Claude Joseph Rouget de Lisle, autor do hino francês. Com as incertezas causadas pela Revolução Francesa, Pleyel aceitou um convite de Wilhelm Cramer para realizar concertos profissionais em Londres permanecendo por lá entre dezembro 1791 até maio de 1792. Suas apresentações foram bem sucedidas e suas sinfonias concertantes e quartetos, em particular, bastante elogiada pela imprensa.
Com o dinheiro que conseguiu em Londres, Pleyel retornou a Estrasburgo, no leste francês, e comprou uma casa grande, o Château d'Ittenwiller na vizinha St. Pierre.
Chateau d' Ittenwillwer
Com o início do reinado do terror em 1793 e 1794, a vida em França tornou-se perigoso para muitos, não excluindo Pleyel, que foi levado perante o Comitê de Segurança Pública por sete vezes devido aos seguintes fatores: seu status, a sua recente aquisição do château, e seus laços com a Catedral de Estrasburgo.
Catedral de Estrasburgo
Com prudente oportunismo escreveu algumas obras em honra da nova república, tais como: La Prise de Toulon (A captura de Toulon), Chanté Pleyel Hymne au Templo de Raison ("Hino cantado no Templo da Razão"); Hymne à l'Etre supremo ("Hino ao Ser Supremo"); La Révolution du 10 août ("A Revolução de 10 de Agosto"). A maioria destas composições estreou na Catedral de Estrasburgo, que ficou conhecida como o Templo do Ser Supremo.
A partir de 1795, fixa residência em Paris, onde abriu sua primeira loja de música e editora musical, como editor musical publicou mais de 4.000 obras, incluindo composições de Adolphe Adam, Luigi Boccherini, Ludwig van Beethoven, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, Johann Ladislaus Dussek, Joseph Haydn, Johann Nepomuk Hummel e Georges Onslow.
Desejoso em adaptar os instrumentos às necessidades dos compositores e intérpretes da época, concebeu em 1802, seu primeiro piano equipado com um sistema de fuga simples, no qual as cordas são percutidas por um martelo e não pinçados (como no cravo). Registrou a patente em 1807.
Fundou em 1809 a fábrica de pianos que leva o seu nome e a marca Pleyel que se mantém ativa até os dias atuais. (Manufactura Francesa de Pianos)  (http://www.pleyel.fr/fr). Frédéric Chopin preferia os instrumentos Pleyel.
Seu filho Camille Pleyel, nascido em 1792, tornou-se pianista com Jan Dussek. Ele assumiu em 1825 a partir da fábrica de pianos e ele correu até sua morte maio de 1855. Camille foi o construtor da Salle Pleyel, um dos marcos da vida musical parisiense.
Pleyel se aposentou em 1824 e mudou-se para o campo a cerca de 50 km nos arredores de Paris.
Em 19 de outubro de 1827 fundou uma pequena sala de música na Cadet Rue No. 9, na qual, entre outros artistas e virtuoso apresentou-se Clara Wieck, a futura esposa de Robert Schumann.
Morreu a partir dos efeitos de bronquite em 14 de novembro de 1831. Foi sepultado no túmulo da família no cemitério de Père-Lachaise, em Paris.
A carreira de Pleyel foi prolífica, compôs 41 sinfonias, 70 quartetos de cordas e vários quintetos de cordas e óperas.
Pleyel é um exemplo do fenômeno de um compositor (outros incluem Cherubini, Meyerbeer, e Thalberg) que foi muito famoso em seu próprio tempo, mas atualmente são obscuros.
Rita Benton
A fama de Pleyel atingiu regiões então remotas da América: Houve uma Sociedade Pleyel na ilha de Nantucket na costa de Massachusetts, que adaptaram parte de sua obra nos populares hinários conhecidos, Harpa Sagrada ou Harpa Cristã.
Sua obra foi catalogada pela musicóloga Rita Benton, assim constando em sua obra o código BEN seguido do número de ordem.
Em 1998, por iniciativa do Ignaz Pleyel Joseph Society International (IPG), o local de nascimento de Pleyel foi convertido em museu.
Em junho de 2007, o correio austríaco emitiu um selo comemorativo pelo seu 250º aniversário.
O asteroide 11524 foi batizado com o nome Pleyel em sua homenagem.

Ele escreveu um popular hino maçônico, usado hoje na Carolina do Sul. Em 1784 ele foi registrado como um companheiro de ofício no Lodge "Zum Goldener Rad" em Ererau, Hungria.

Para ouvir parte de sua obra, acesse ao link:

Nenhum comentário:

Postar um comentário