Desta vez faremos uma
postagem totalmente diferente de todas as anteriores, falaremos não de uma
obra, ou de um autor e sim de um instrumento musical.
Trata-se do Teremim um dos primeiros instrumentos musicais completamente eletrônicos e com um pequeno detalhe sem qualquer contato físico entre o instrumento e o músico.
O Teremim é “tocado” através
de duas antenas de metal, que percebem a posição das mãos do músico que
controla os osciladores de frequência com uma, enquanto que com a outra o
volume, de forma que não seja preciso tocar no instrumento. Os sinais elétricos
do teremim são amplificados e enviados para um alto-falante.
O teremim original foi
produto de pesquisas em torno de sensores de proximidade, financiadas pelo governo
russo. O instrumento foi inventado por um jovem físico russo chamado Lev
Sergeevich Termen (conhecido no ocidente como Léon Theremin), em outubro de
1920, depois do início da Guerra Civil Russa. Após uma longa turnê pela Europa,
onde demonstrou sua invenção, Theremin conseguiu ir para os Estados Unidos,
onde patenteou sua invenção em 1928. Posteriormente cedeu os direitos de
produção à RCA.
Apesar do Thereminvox da RCA
não ter sido um sucesso comercial, ele fascinou audiências dentro e fora da
América. Clara Rockmore, uma famosa tereminista, fez um tour para divulgá-lo,
executando um repertório clássico em concertos ao redor dos Estados Unidos.
Este material está disponível
para audição, no link abaixo.
O instrumento cria um som
"alienígena" como uma voz soprano processada. Muito utilizado em
filmes de terror e suspense.
Em 1951, Bernard Herrmann
utilizou dois teremins para a trilha sonora do filme “O Dia em que a Terra
Parou” de Ray Wise. O instrumento dava um toque futurista e ameaçador que
combinava perfeitamente com o filme.
Howard Stein utilizou em It –
a ameaça que veio do espaço. Miklós Rózsa usava para destacar a instabilidade
emocional de vários personagens em filmes como Quando Fala o Coração de Alfred
Hitchcock e Farrapo Humano de Billy Wilder. E em muitos mais filmes como “A
Máscara do Mágico”, “Mata-me, por favor”, “O Segredo da Casa Vermelha”, “A Casa
de Cera”. Mais recentemente, Ed Wood, Marte Ataca ou Existenz.
Em The Song Remains the Same,
podemos ver Jimmy Page, tocando um teremim durante a música Whole Lotta Love. Assista o vídeo no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=uiLKT5rPHBA), a partir de 1:48 min de duração.
Outros artistas como Pink Floyd, Jean Michel Jarre, Radiohead, Marilyn Manson e Nine Inch Nails fizeram uso deste instrumento. Durante anos, o instrumento foi esquecido até meados dos anos noventa, quando o documentário “Theremin, uma Odisseia Eletrônica” de 1994, o trouxe de volta.
Outros artistas como Pink Floyd, Jean Michel Jarre, Radiohead, Marilyn Manson e Nine Inch Nails fizeram uso deste instrumento. Durante anos, o instrumento foi esquecido até meados dos anos noventa, quando o documentário “Theremin, uma Odisseia Eletrônica” de 1994, o trouxe de volta.
A já citada Clara Rockmore após
ter sua carreira como violinista interrompida por causa de uma lesão tornou-se
uma das maiores teremistas. Outros nomes
que divulgaram o instrumento foram Samuel Hoffman e Lucie Bigelow Rosen.
Atualmente, existem vários teremistas
conhecidos como Lydia Kavina, Barbara Buchholz, Masami Takeuchi, Carolina Eyck,
Celia Sheen, Ernesto Mendoza, Jonny Greenwood, Robby Virus ou Pamelia Kurstin.
E, claro, Sheldon Cooper, um personagem da série de televisão The Big Bang
Theory.
Especial agradecimento a Vassily Genrikhovich do PQPBACH, pelo
material, ora divulgado.
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